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ARTE

sábado, 13 de fevereiro de 2010

LOUISE LABÉ (1524-1566) - VIVO, DESVIVO: ASSIM ME AFOGO E ARDO







Vivo, desvivo: assim me afogo e ardo,
Em grande frio extremo calor sustento:
O meu viver é demais árduo, ou lento.
Vem-me alegria em meio de algum fardo:

Logo me rio e súbito entristeço,
E no prazer grande tormento aturo:
O meu bem foge, para sempre seguro:
Ao mesmo tempo murcho e reverdeço.

Assim Amor inconstante me leva:
E quando julgo estar em maior pena,
Sem perceber libertei-me da treva.

Quando então sinto a alegria plena,
E sinto a sorte ansiada que perdura,
Devolve-me o Amor à desventura.

Tradução de Filipe Jarro

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